quinta-feira, 6 de junho de 2013

DO PEITO...SENTIR LAVRO

Abraçando a madrugada,
badaladas tocando
com sons, sorrisos de nada,
no vazio...fico esperando.

Há ansiedade a mais,
corrente do rio sem lugar;
gotas caindo desiguais,
no vitral...sem estilhaçar.

Dança sonho em confusão
 ao som da nova flauta;
mimos da vida ou paixão
rasgada que é... a pauta.

cinzas da flor rememoro,
fumo que agita brisa,
ideais que tanto choro
da promessa indecisa.

Esqueço horas transviadas
em silêncios enternecidos;
pedras que foram pisadas,
pensamentos percorridos.

Lembro viagem e liberto,
do peito...sentir lavro!
O rapaz em mim desperto
e a mente ao tempo abro.

Setúbal, 03/06/2013
Inácio Lagarto





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