quarta-feira, 7 de agosto de 2013
SUSPIRA A ALMA REPARTIDA
Mote
Sofre o homem de ilusão
com saudade de mudança;
hoje a força da razão
está ferindo a confiança.
I
Sombra criou ar profano
empoeirou a igualdade
no cupido da liberdade;
com vento forte e tirano
assombra o Ser humano.
Toca na força do coração
num futuro em procissão
não deixando vencedor;
pelo presente com fervor...
sofre o homem de ilusão.
II
Suspira a alma que repartiu
por trabalho como dever
...rico prémio do vencer;
a árvore que floriu
frágil... depois caiu
naquele sonho de criança.
Na incerteza avança
num doce olhar ausente;
o perigo espreita em frente
com saudade de mudança.
III
Foram alternando cenários
em poder, quimeras ao peito,
sonhos por povo eleito;
bandos, votos voluntários
lançados em campanários,
às estrelas dando a mão.
Partilharam confusão
porque o eco demora;
este fadário apavora
hoje a força da razão.
IV
A voz da espuma desabrocha
na primavera da flor,
com luz quente de amor;
a água batendo na rocha
crepita, sente e afrouxa
cintilando a esperança!
O sol apaga e não avança,
molha o corpo e solidão
nesta cruzada em divisão
está ferindo a confiança.
Setúbal, 06/08/2013
Inácio Lagarto
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