Mais um destino a cumprir,
belo sonho quase a vergar;
na cruzada cresce o sentir...
lusitana terra sem sorrir,
povo triste a interrogar!
Os Pobres pagam a crise.
O sol teima em aparecer
no ar negro da tempestade;
vento sopra, não quer romper...
a água cai, traz o sofrer
ao Abril da claridade!
Os Pobres pagam a crise.
O florir perdeu a sorte
nestes anos de geração;
braços feridos por mão de morte...
brutos mercenários sem norte
vendem solo por ilusão!
Os pobres pagam a crise.
Neste canteiro, jardim brando,
em que a ave esvoaça
sobre o longo mar, ondulando...
a crise dá mote à tristeza!
Está memória esvaziando,
Pendão da velha raça
...luz de nobre certeza.
Os Pobres pagam a crise.
Setúbal, 01/05/2014
Inácio Lagarto
quarta-feira, 7 de maio de 2014
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