sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

A L E N T E J O



Alentejo de sol quente,
Alentejo irradiante.
Planície calma, sonhadora
...portas abertas ao caminhante.

Alentejo de trabalho ufano,
Alentejo do belo cantar.
À sombra, do sobreiro transtagano,
beija a vida, o meditar.

Alentejo da fogueira acesa,
Alentejo cor de ouro
que em pão se vai tornando.
Tem orgulho na sua gente,
à terra segue curvado...
ao luar do tempo mouro.

Alentejo de longas façanhas,
Alentejo a palpitar.
Jardim de versos em flor
onde o amor, saudades, são tamanhas,
não calam na fonte...o jorrar.

Alentejo das casas caiadas,
Alentejo da branca frescura.
Lembram véu das geadas,
com obreiras, de ocre, adornadas
protegem, a força e a alma pura.


Setúbal, 23/02/2015
Inácio Lagarto

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