quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016
MÃOS DE OLEIRO
Mãos hábeis de Oleiro
não fogem a duras canseiras.
Na labuta ao vento forte
por amor a argila
num sentir verdadeiro,
às tradições prisioneiras.
Na crença pura da sorte...
com alma alegre, tranquila.
No torno se molda o barro
do subsolo retirado;
com suor, esforço e cansaço
no campo à sombra do chaparro.
Em arte é transformado
embalando o sonho num abraço,
fazendo brotar magia.
Vai ao forno a cozer
reconquista a luz do dia...
criação feita com prazer.
Aquele vidrado às cores
sai do forno a brilhar!
Pintado com adornos e flores,
ternos frutos da paixão
...raízes do coração
saídas da peanha a girar.
Setúbal, 10/02/2016
Inácio Lagarto
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