Foto retirada do Google |
Sinto falta das estrelas
seguras em mãos de crianças
que foram deleite dum povo.
Afectos da infância
doados pelas memórias;
brinquedos de cana e papel
lançados no ar, com esperanças
num sonhar livre e novo!
Conquistas das estórias
presas a um novelo e cordel.
Tinham magia e afagos
criadas de fasquias, de canas, cruzadas
conforme a imaginação!
Fixas ao centro, bem afinadas.
As pontas, em circulo, atadas
tornando-as em bagos,
circundadas de afirmação.
Estrelas moldadas
obedecendo à lei central;
às estruturas eram coladas
folhas coloridas ou de jornal
...todo o fundo nem sempre igual.
Adornadas nas extremidades
com brincos soltos, a brilharem
não faltando as longas caudas ,
com laços a florirem...
puro equilíbrio e peso.
Ancoradas, em triângulo na vontade
obedecendo, ao comando do chão,
com guitas, curtas ou longas,
num opulento segredo.
Esvoaçavam no espaço, sem medo,
alimentando a razão!
Soltas ao vento...vivem em liberdade.
Setúbal, 29/05/2016
Inácio Lagarto
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