sábado, 10 de dezembro de 2016

C O L H E I T A DE 1937


Março lançou a semente
à terra para fecundar,
querendo vencer, vencendo!
Uma planta a florescer...
no seio de bela gente
cujo sonho soube gerar.
Veio a nascer, nascendo!
Terno grão para amadurecer.

Dezembro foi veloz
quando a manhã acordava,
mui perto do Natal.
Na casa ouvia-se a voz
...gemido de quem gritava!
Num espaço original.

Varão, na hierarquia
embelezava calmo lar;
forte aposta na altura
a quem o sonho se rendia,
o futuro queria regar!
Como quem brota água pura.

O fruto foi crescendo
calcorreando a estrada
fomentando o dever.
Setenta e nove taças, bebendo,
do sol e pó da caminhada!
Hoje perdido... no viver.

Desposou, desposando,
novos braços trazendo
com Amor e magia.
Da mesma fonte jorrando,
cravo e rosa concebendo,
aquecidos à luz do dia.


Setúbal, 11/12/2016
Inácio Lagarto

2 comentários:

PVieiraLagarto disse...

Boa colheita de 1937!
Um beijinho de MUITOS PARABÉNS "POETA" Lagarto.
Da filha AMIGA

http://otragal.blogspot.com disse...

Poesia delega à Sociologia,
partilha mostrando Saber.
Renova com Amizade, Alegria
com Filha... o Sonho, o Crer.


Para o ano! São oito elevadas primaveras.
Uma beijoca de Amor!
ILagarto