Privados que estamos da Feira,
A Igreja não ficará deserta
Sem cortejo extraordinário.
As mentes perfumam a canseira
Na saudade com a fé em alerta!...
Jamais esquecem devoto cenário,
O povo, de olhar fixo em Setembro,
Com sonhos que neste tempo crepitam,
Falam com a Virgem em pensamento.
Como fiel caminhante, filho membro,
Peregrinos junto da Mãe meditam!
Para que a pandemia siga com o vento.
As árvores parecem lindos andores,
Numa visão clara que nos irmana
Como geração de humanidade.
As esperanças caminham entre flores,
Em paisagem verde alentejana
Desafiando a fraternidade!
O outono desejado surge, por fim!
Vem de energia revestido
À espera da paz no horizonte.
Ilumina o espaço como calmo jardim,
Nossa Senhora De Aires, lugar sentido,
Bebem, na corrente, da bondosa fonte!
Na solene planície transtagana,
No seu amor e querer profundo
Visitam aquele altar rezando.
Que proteja a vivência humana
Sob a abóbada do céu no mundo
E no poder de Deus acreditando!
Setúbal, 17/09/2020
Inácio José Marcelino Lagarto
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
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