segunda-feira, 11 de outubro de 2010

ESCURIDÃO


O vento que passa, pela vida fora, não volta!
Pode deixar mágoa e um silêncio profundo;
Corre veloz em liberdade, à solta,
Carrega o peso e a maldade do mundo.


O sonho no homem vegeta... na escuridão
Destrói a força da luz da esperança;
Não repara no amor e na razão
Asfixia a vontade... na confiança.


Alonga a sombra na fome, na sede, no choro;
Na fábrica, no campo, no tempo e no sono
E o Povo, em ansiedade, grita em coro!


Acalmem a vaidade das incertezas;
O Universo é livre, é belo e sem dono
Para todos chegam... suas riquezas!


Setúbal, 10/10/2010
Inácio Lagarto

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