quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

PRESO À VIDA


Do ventre de mãe surgi
Como essência do barro;
Mãe Terra não esqueci
Não deixei de ser chaparro.

Nunca fiz mal a ninguém
Por inveja...fui julgado!
Se, por acaso, já fiz bem...
Pago à vida bom pecado.

Como todos fui criança,
Tento no tempo...aprender!
Solto à vida sem fiança,
cumpro pena no viver.

Os amigos são escolhidos,
Guardados no coração;
Ferros das grades... perdidos
Pela força... do perdão!

Quantos caminhos trilhados
Pelo arado da vida!?
De bicos estilhaçados
Porque a forja... já foi partida!

Com seara abandonada,
Pelo frio que a secou!
Belo trigo e cevada
Que o sol na sombra... queimou!


Setúbal, 25/01/2011
Inácio Lagarto

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