(Foto retirada do Google) |
Morava perto da quinta
olhando a Natureza,
em terreno abandonado,
junto ao trezentos e três.
Ali...havia um rude pinheiro
que subia em sobressalto.
A filha do caseiro, era minha amiga!
Uma jovem e esbelta rapariga,
de fisga presa à cintura...
escondia sua beleza,
no meio do planalto,
onde corria um ribeiro.
Meu jovem coração batia...
por mais duas ou três.
A timidez vencia!
Aquele segredo de vez.
O número não ficou esquecido,
nem o cão que latia
nem o gato que miava
e minha mente sonhava com amores.
Eu! Sem saber o que fazer ou faria...
ofereci-lhe lindas flores!
Aquela donzela adorava.
Um dia...a porta se abriu!
Fui à descoberta.
O sonho floriu
e esperei pela hora certa.
O vizinho do trezentos e três
está velho e cansado.
Aquele número se desfez
e hoje...é um Super Mercado.
Setúbal, 16/11/2015
Inácio Lagarto
Nota: (Estória narrativa)
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