terça-feira, 3 de novembro de 2015
V I D E I R A
Da cepa torcida e tosca
vai rompendo humilde chão;
de folhas verdes carregada
no braço tenro da videira.
Cresce, dobra e enrosca
como eleita na expressão;
trepa ao alto da alpendrada
dando sombra...a parreira.
Floresce e frutifica,
reparte bago, beleza nua.
Vai à mesa pobre e à rica,
pelo tempo em passas fica...
foi criada ao sol e à lua.
Torna-se em mosto enlouquecido
na adega fermentado.
Erguido em símbolo da Vida,
na imagem que se condensa
em vinho distribuído.
Em Verdade transformado,
iluminando a dor sentida
numa esperança imensa.
Setúbal, 02/11/2015
Inácio Lagarto
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