segunda-feira, 14 de março de 2016

CÁLICE DA VIDA

(Foto retirada do Google)


O vento corre veloz
nesta caminhada na Vida,
de bondade e amargura.
Terra prometida dos avós
em que ondulam águas sentidas,
procurando no solo vencer.
Neste barco em que navego
sou um ente, uma criatura,
com apego...
molho os olhos no sonhar.
No tempo encontro o destino
em que vou envelhecendo!
Esculpindo o que imagino
a silabar...
vejo a confiança renascendo.


Bebo do cálice profano
a fantasia dos meus versos
para calar a solidão.
Sou um elo, sou humano!
Uso desejos dispersos...
no silêncio da emoção.


Saboreei fainas na Terra,
colhi das árvores os frutos;
partilhei saberes no crescer
à brisa e ao sol fecundo.
Cantei e canto, como uma criança,
subi ao cume da serra!
Tirei água do poço profundo
e,  nesta ingénua aliança
olho...a Primavera do Viver.






Setúbal, 11/03/2016
Inácio Lagarto



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