domingo, 19 de junho de 2016

FOGUEIRA DE VAIDADES



Viajo na Vida, como crente,
ao sonho sou aprisionado.
Aqui e ali fico angustiado
do perigo que ronda presente.

Ventos sopram no espaço,
trazem ilusões à verdade.
Não basta ter heroicidade
e ao crer dou um abraço.

Neste mundo há pobreza
na erva rasteira a crescer.
Não iguala, a árvore, no vencer
na força altiva de grandeza.

O solo fecundo, bem cuidado,
brota ambição no fresco florir.
Prazer, ao olhar, no existir.
Estéril se não for trabalhado.

Na fogueira da cobiça
ateada por senhores
vivem fortunas e louvores
gente fraca....apenas atiça.

Filhos de nobres marinheiros
não honram belas memórias.
Façanhas foram glórias
por mares, distantes, pioneiros.

Na nova era Global
sopram vaidades acesas.
Névoas nas incertezas
trocam sedas por capital.


Setúbal, 17/06/2016
Inácio Lagarto

Sem comentários: