transporto, no peito, diversos amores;
amansando sonhos, levemente
retirando-lhes duros espinhos.
De Viana, vim abalando,
do Alentejo dos lavradores;
em Évora adociquei a mente.
Na Cidade do Sado, vivo o presente.
Porto Covo, lazer saboroso desses caminhos.
O tempo corre correndo,
noite e dia musicando;
nas fontes vou bebendo
minhas feridas curando.
Família é meu suporte
doce no divino alento!
Tornando o coração forte
alimenta o pensamento.
Neste cumprir da cruzada
...tanto que fica por fazer!
Desde o despertar da infância
há amizade partilhada;
um crer firme no aprender
encurtando a distância.
As searas vão crescendo,
espigas florindo
gerando belas sementes,
da terra enriquecida.
Com elas vivendo e vencendo
neste canteiro sorrindo
em campos lavrados diferentes,
numa viagem bem vivida.
Setúbal, 21/09/2016
Inácio Lagarto
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