Neste mar, nesta paisagem,
vamos navegar com coragem
cuja foz beija o Rio Sado.
Sente-se o cheiro da Serra,
o belo que dela descerra
ao passar o barco, com pescado.
Cruzam-se sonhos nos caminhos,
cantam aves nos seus ninhos
acordando o sol nascente.
Trazem o luar das noitadas,
nas redes, das fainas encetadas…
do calor da boa gente.
Homens, pescando valores,
sofrendo frios e calores!
Desafiando as solidões.
Seguem rumo com encanto
entre o sorriso e o pranto...
vão acalmando os corações.
Falam com a maré zangada
que pelo vento foi soprada
revoltando o mar profundo.
Faz estremecer os espaços,
rolam saudades e cansaços!
Pedem auxílio ao Deus do Mundo.
A voz de Setúbal, estrela a brilhar,
fica no céu a iluminar!...
Abre alas junto ao Outão .
A Arrábida, olha de perto,
mostra o Cais de peito aberto!
Agradecem à Virgem… a protecção.
Setúbal, 21/07/2019
Inácio José Marcelino Lagarto
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