Palmilhando o tempo vagarosamente
Vagueio dando corda aos sapatos
Olho e sonho constantemente
Sacudo o pó vindo dos matos.
Ouço o chilrear da passarada
Que vem do rio ao saciar a sede
Dormem no arvoredo em ninhada
Escondem-se na noite por causa da rede!
Penso, nos mistérios da vida
Em quem criou tamanha riqueza;
Na mente que caminha distraída
Esquecendo o Belo da Natureza.
Com régua, esquadro planeada
Para conforto da humanidade;
Pelo fogo, por incúria, é queimada
Fomentando a desigualdade!
Em teimosia a Terra refloresce
Jamais perdoa crime, grande dor!...
O fruto, ao temporal, amadurece
Paga o sofrer com terno amor.
Os riachos renovam a corrente
As serras vigiam os horizontes
A geologia torna-se diferente
Constroem casas na água das fontes!
Nesta existência gloriosa
Não há vírus que meta medo
Na sua força tão desastrosa
Vamos ultrapassar o degredo.
Os perigos são longos demais
Tornam a esperança em paixão
Queremos brindar a novos Natais
Ao Santo António, ao São João!
Setúbal, 08/06/ 2020
Inácio José Marcelino Lagarto
domingo, 7 de junho de 2020
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