Felicidade não escolhe a hora
Nem o tempo no pensamento;
Como o vento vai-se embora,
Voltando a qualquer momento
Envolta em prazer, fantasia.
Gente que labuta por inteiro
Tendo o sonho como companhia,
Não vende a alma por dinheiro.
A tristeza mora nos olhos,
Reparte-a com a solidão;
Sem carinho secam os molhos
Na procura do querer e paixão
Entre o riso e o pranto.
Desfaz-se a dor na chama,
Protegida por doce manto
E o sentir, por liberdade clama.
Domingo de Ramos Sagrado
Pela entrada de Jesus em Jerusalém!
Ramo verde ou de palma abençoado
Abrindo caminho à força do Bem.
Data celebrada de crer no mundo
Como Ressurreição Divina;
Recorda Cada Passo ao segundo,
Com Amor e Fé tão nobre sina.
A primavera tem outro nascer
Com a esperança a multiplicar
Sobre um vírus a comover
E cujo querer não sabe explicar.
Neste viver atribulado
Estão disfarçando duro engano;
Ser Feliz! É ter nascido e sonhado!
Anseio de um povo!... É ser Humano!
Setúbal, 28/03/2021
Inácio José Marcelino Lagarto