Que pode a Dona senão
Com saudade pensar,
Amar, esquecer sem julgar
Como voltar a ler o coração?
Sobre a Magali companheira,
Numa estrada sentida!...
Aceitar a lei do destino
Como lição verdadeira,
Vivida
E sem plano causou desatino,
Alimentou o ideal
Em período especial.
Deixou de sofrer, cumpriu um sonho,
Na etapa da criação;
Teve um período risonho
Na partilha real como lição.
A luz não apaga no momento,
Jamais as belas memórias!
Carinho presente no pensamento
Que sopra acalmando o vento,
Mistério no tempo e na hora
Ilustrando a imagem.
Restam as estórias
Para agasalhar a viagem!
As coisas felizes
Tornam-se infelizes
No enlaçar;
A sua bondade
Em vontade
Para sempre recordar.
Setúbal, 27/03/2021
Inácio José Marcelino Lagarto
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