terça-feira, 17 de agosto de 2021

TEMPOS SONHADOS

 



Fui  à fonte beber água,
Saciar o pensamento;
O calor trazia mágoa,
Não soprava o fresco vento.

Tenho saudades do Castelo,
De ser jovem e brincar;
Saltar ao eixo era belo
Jogar à bola, ver o pião rolar.

Na rua ou, no Largo de São Luís
Corria, andava de bicicleta,
Cantava ao luar, era feliz
Planeava futura meta.

Os amigos eram  irmãos,
No aprender e no partilhar;
Unidos à vida davam as mãos
Queríamos o mundo conquistar!

Minha praia era o Rio Xarrama,
Subi à serra, aos  penedos;
À sombra do arvoredo fiz cama
Tempos sonhados sem medos.

 Segui nobre e sublime ideal
Que chama por todos nós!
Sou do Alentejo, filho de Portugal,
Descendente de nossos avós.

Acendeu-se a luz das candeias
À medida que o tempo avança;
Dividi -se o sonho a meias,
Ilumina-se a fé com esperança.



Setúbal, 17/08/2021
Inácio José Marcelino Lagarto

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