sábado, 22 de janeiro de 2022

SONETO À LIBERDADE

 


Aguardo-te  liberdade, penso nos dias
Da caminhada, já distante, da esperança;
Os sonhos traídos que davam confiança
Estão escondidos pela virose, filosofias.

No tempo, fico em silencio, recordando
O modelar na vida, o barro e a poesia;
Olhando a paisagem entre paz e alegria,
Com os sons dos campos sempre falando!...

As calçadas, das ruas, estão desertas,
O povo, escolhe o calor em horas certas
E não partilha a fraternidade!

Sózinho, de telemóvel, o mundo é vivido,
Segue cambaleando, com futuro sentido,
Procura no progresso, carinho e bondade.


Setúbal, 22/01/2022
Inácio José Marcelino Lagarto
   

Sem comentários: