Em temporal imperfeito
Surgem novas ambições;
Tecnologia, saberes, missões
Na procura do sonho eleito.
De olhos húmidos de cansaços
O Ser caminha e pensa!
Na ternura de paz imensa
Para reconquistar abraços.
Visões ilustres se esfumam
Por entre homens e donzelas;
Através do brilho das estrelas
Ferem nos raios de luz e espumam.
Ouvem-se silêncios e gemidos
Neste mundo a implorar!
Pelo bater das ondas do mar
Sentem futuros interrompidos.
Fantasmas vindos irmanados
Acompanham guitarras, cantares;
Aparecem na sombra aos pares
Vestidos de roupagem disfarçados.
Em janeiro, o povo rompe vencido,
Com esperança no Senhor Deus;
Pede protecção à Ciência, aos céus
Como humano arrependido.
Setúbal, 11/01/2022
Inácio José Marcelino Lagarto
Sem comentários:
Enviar um comentário