terça-feira, 3 de março de 2009

NOITES MANSAS


Nas noites mansas,
Em passos lentos;
Choram as crianças,
Todos os lamentos.

Linhos matinais,
Dão aconchego;
Suspiros dos pais,
Calam o sossego.

Vida é esperança,
Sonho e ilusão;
Nasce confiança,
Nada é em vão.

Surge liberdade,
A força no peito;
Enfrentam verdade,
Comungam do feito.

Mistérios falam,
Meditam no SER;
Os dias abalam -
A luta do querer.

Aparece o tédio,
Perde-se o canto;
Falta o remédio,
A tamanho encanto.

Fecham-se janelas
E portas também;
Olham-se as estrelas,
Que lembram alguém!

De almas errantes,
Sentem a aragem;
São caminhantes!...
Buscando passagem.


Setúbal, 26/02/2009
Inácio Lagarto

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