terça-feira, 19 de janeiro de 2010

ECOS DA SERRA




Ecos da serra -
Gritos das forças pelejando...
Vêm libertar a fértil terra
Para a planície ficar brilhando!
Neste solo tão queimado
Pelo sol é bafejado,
Deixando a noite calma e fria.
Ao longo do mesmo dia
O tosco barro é lavrado...
Pelo homem e seu arado!
Nela brotam os trigais
Tornando o parto repousado;
Fazem do Alentejo uma poesia,
Com cânticos de harmonia -
Naqueles campos dourados.
Muda no tempo o sonhar...
São varejados os olivais....
Acendem a luz da paixão
... Não deixam a esperança acabar
Com o azeite e o pão!
Alimentam o cansaço
do belo fruto e semente;
Apertam a vida num abraço
Com o querer, da sua gente.


Setúbal, 19/01/2010
Inácio Lagarto

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