sexta-feira, 23 de abril de 2010

VIVA A LIBERDADE


Caminhava a Primavera
Abril não foi quimera
Cantando à liberdade.
Dos canhões saíram cravos
Como poema inacabado
Florindo a igualdade;
Puseram fim a velhos travos
Era um sorrir... quase finado.

Ao romper da madrugada
Nasceu força desejada
E o Povo saiu à rua...
Na procura de trigo e pães
De mistério semeado
A Revolução tornou-se sua!
Com soldados e capitães
Tornou-se em campo plantado.

Despertou a Democracia
Perfumada de magia
Num cantar Alentejano;
«Grândola Vila Morena»
Entre senha e contra-senha
Neste espaço Lusitano;
A voz do Povo ordena
Ao sinal de forte penha.

Do longo sono acordou
E de esperança... o véu rasgou
Trouxe ao Mundo nova vontade.
Susteve as mãos crispadas
Ao censório pôs final;
Renasceu doutra verdade
Com tantas metas traçadas
Neste canto que é Portugal.


Setúbal, 23/04/2010
Inácio Lagarto

Sem comentários: