passam em alcateias na luz do dia;
cobram e levam a última esmola,
sacam direitos, derrubam ninhos.
Desfazem promessas com ironia,
metem empregos na sacola
que é levada pela ventania;
deixam humildes rostos magoados
...a vida fica sombria
e nos boslsos faltam ordenados.
Montanhas nuas, terra queimada,
o mar e costa são vendidos;
o homem não trabalha as sementeiras,
a liberdade anda cerceada
e os operários são despedidos
pelas Bolsas Financeiras.
Neste choro que estremece
querem calar a madrugada;
tapam sonho que arrefece
e os perigos rondam escondidos.
Setúbal, 14/01/2014
Inácio Lagarto
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