À longa Costa marginal
trouxe Abril nova certeza;
em que a pesca e o sal
são fontes de alegria e riqueza.
Não calam Abril... Não calam!
Deixem a Primavera florescer.
As mudanças que ainda falam
não querem vida amordaçada
nem esperança humilhada.
Vamos lutando e sonhando
em união, com o povo, que na rua venceu;
de cravo na mão cantando,
como onda que flutua
sobre o mar que ainda é seu.
Quarenta anos passados!
As árvores crescem na cobiça
esquecendo, sonho da revolução.
Pedem sacrifício de novo
...humilham os Reformados,
tiram saúde, direitos conquistados
e, perigo avança...não avisa.
Vão omitindo a Constituição,
tornando escravos um Povo;
a cultura caminha perdida,
estão abandonando os saberes
dos velhos, juventude e das mentes.
A força do trabalho vendida
as capitais...omnipotentes.
Setúbal, 29/03/2014
Inácio Lagarto
Sem comentários:
Enviar um comentário