sábado, 29 de março de 2014

CIRCO DA VIDA


Neste circo da vida
sobe ao palco ilusionista...
ao criar solidão!
Tira da velha cartola
tudo a Bem da Razão.
Tira ao pobre ao reformado...
extermina a profissão;
oferece carro, como esmola,
para calar o patrão.
O Presidente da cena,
lá do alto no poleiro
vai esquecendo...o Abril!
os juros pagos em dinheiro
são lágrimas, sangue dado, ao Mercado,
o Cofre fica esvaziado.
Sai um coelho arrogante,
o das  feiras vem a riste
e o povo, a tudo assiste...
ambos seguem ao volante
...o cravo fica pisado.

O Abril não  está esquecido
há-de emergir a florir!
Trazer nova alegria.
O silêncio será rompido
...cantando ao novo dia;
a palavra, voltará a sorrir,
musicada pelo sentir
porque emprego irá regressar!
Como um rio renova as águas,
o sol nasce a brilhar.
As cortinas encerram espectáculo
e as palmas...não são de mágoas.


Setúbal, 28/03/2014
Inácio  Lagarto






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