terça-feira, 8 de setembro de 2015

ABRAM PORTAS DAS PRISÕES

(Foto retirada do Google)
                                                          
               Mote
Abram portas das paixões
num País renovado
soltem todos os ladrões
o Povo anda algemado.

                  I

Com os campos por lavrar
neste tempo de enganos
deitam fora os planos,
com o Euro a dominar.
A miséria a voltar
entre promessas e pregões,
suspiram por eleições
criando falsa verdade.
Dêem alma à liberdade!
Abram portas das prisões.

                  II

Tecnologia avançou
Internet trouxe certeza;
na cobiça e avareza
o pobre embriagou.
O rico acumulou
come deste Mercado,
com capital roubado
ordena o que lhe convém.
O homem foge do bem
num País renovado.

                    III

Em Palácio alcatifado
trazem riqueza das raízes;
com amigos são felizes
cada um, não é culpado.
O fruto foi alcançado
semeando doces melões
lendo versos de Camões.
Para culturas crescerem
no paraíso viverem...
soltem todos os ladrões.

                     IV

Terra não é lavrada
Industria arruinada,
o jovem tem de emigrar.
De voz sem se calar
diz adeus à sua amada.
Pela Pátria condenado
sente-se humilhado;
preso pelo que produz
de mente e sonhos na cruz,
o Povo anda algemado.



Setúbal, 08/09/2015
Inácio Lagarto

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