terça-feira, 1 de setembro de 2015

CORTE

                                                             (Foto retirada do Google)



Feridos nos bolsos, cansados
somando anos...vida grisalha.
Sonhos presos numa muralha
bradando em ais...roubados.

O mestre tempo a traçar caminhos
Escuta o murmúrio das aragens.
Abriga negras aves em ramagens
deixando homens tristes e sozinhos.

De cores vivas e iluminadas
dão voz às frases com alegria.
Fomentam com vaidade, novo dia
secando lágrimas derramadas.

A Corte estremece colorida!
Fleumática serve o banquete.
De fruta, promessa e presente...
Se a glória for a escolhida.

Ó Cidades, Vilas e Aldeias -
Povos, corações de sangue quente.
Limpem o nevoeiro frequente
Do tecer tenebroso  das teias.

Imagem sofrida foi beijada
com armas de carícia e Amor.
Floresceu em tão belo esplendor
naquele romper da Alvorada!



Setúbal, 31/08/2015
Inácio Lagarto

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