domingo, 31 de julho de 2016

O TEMPO NOS TEMPOS


Sem tempo para ver o tempo
uso o tempo que me enlaça;
pinto a palavra como passatempo
neste tempo que nos abraça.
Sigo determinado a correr
quero o tempo beijar.
Tenta, na rua, esconder
luta, sempre, lutando
...vivendo nesse lazer.
O tempo vai passando
sem alguém o agarrar.

O tempo nasceu comigo
na esperança, no crescer.
De sonhos aguerridos
é irrequieto...não consigo!
É tempo de aprender.
Escrevo poemas floridos,
só sei que me sobra tempo
quando no tempo perecer.

O tempo tem necessidades
nos afectos não perdoa;
segue nas várias idades,
na Vida, o tempo voa.
O tempo, o vento acalma
enxuga na caminhada
...acelera o coração.
Ao amor, na alvorada
o tempo...é doce bênção.

Setúbal, 31/07/2016
Inácio Lagarto


(Foto retirada do Google)

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