quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

CAFÉ NA AVENIDA



Alegra sentir quando se pensa
nos sonhos, lavrando caminhos;
Convívio cultural compensa
momentos, carregados de espinhos.

Um copo, um cigarro acalma
quem entra, pede um café;
petisco acalenta a alma
mantendo esperança de pé.
Amizade, floresce por perto,
com gente que sabe dialogar;
surge piada...por certo!
À boa maneira, no brincar.

Corre vício, no fumo da rua
quando na tarde desponta a hora.
Avenida, calcorreada, fica nua!
Findo o dever, buscam aconchego,
o amanhã... tem de trabalhar.
Palavra, intima, também chora,~
o Homem não é morcego!
Família espera no Lar.

Na partilha transversal
nem todo o cliente se conhece!
Em silêncio, respeito Universal,
não esquecendo... quem padece.

NO ESPAÇO: entra e sai o emigrante,
vindo do longe mundo
saciar, no tempo, livre lazer;
- o Alentejano cantante,
saudoso, da Terra Sagrada,
naquele Amor profundo;
- Terno Setubalense mareante,
garboso e firme no seu Vitória.
Todos comungam O Viver
no madrugar da memória!
Nesta Cidade, do Sado, Amada.


Setúbal, 18/01/2018
Inácio Lagarto


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