quarta-feira, 22 de novembro de 2017
ESTAÇÃO DE VIANA
Riquezas na memória
vejo-as em brilhante olhar!
Recordo a Estação divinal.
Ao ontem ofereceu glória
com terno comboio a parar....
nos Caminhos de Portugal.
Num vaivém de sonhos,
os passageiros chegavam!
Partiam para a ventura.
Partilhavam ideais risonhos,
na bagagem traziam e levavam...
uma vasta Cultura.
Mercadorias abundavam,
encurtando distâncias!
No sentir da evolução.
As fainas animavam
em árduas substâncias...
faziam palpitar o coração.
Havia cortejo diário!
Ao som de belas carroças
ou, no automóvel a correr.
Alimentavam o imaginário
quando a roda caía nas poças...
sob tempo, inseguro, a chover.
Foi apagado o troço,
dotado ao abandono!
Por vontade de outra gente.
O Homem perdeu o espaço,
ali permanece o sono...
Viana sofre e sente.
No Alentejo secaram a fonte
por cumprimento do dever?!
Incúria e sede de ambição.
As máquinas apitam ao monte,
deixam lágrima , ao canto, a verter...
O Povo aguarda pela solução.
Setúbal, 22/11/2017
Inácio José Marcelino Lagarto
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