quarta-feira, 14 de março de 2018

POESIA SENTIDA

(Imagem retirada do Google)
 
 
Sou  no sonho alma sonhada
dando formas às mil cores,
calcorreando as ruas da vida.
Divago por cafés e espaços
partilhando meu livre destino,
alheio às memórias e às horas...
apaixonado pela rede do pescador.
 
Sou um pássaro voando,
sem asas sigo minha rota 
sobre a terra, o mar e o rio.
Olho, de perto, o nascer do sol
ouvindo as vozes distantes
por entre saudoso casario...
desejos que não perdi.
 
Acaricio a afável viagem
nas voltas loucas do vento,
da alegria, dos gestos amargos!
De gente vivida e quente.
Recebo, os raios de luz do dia,
neste pedaço de chão, nosso mundo...
vêm temperar doces pecados.
 
 Vivo ao som do progresso e magia,
em desencanto crescendo
do telemóvel, na mão sorrindo.
Silenciam, no tempo, a palavra,
a partilha social,
em cortejo rápido e irreal
esquecendo a fraternidade,
com fantasia em voz d´esperança.
 
Pela Arrábida troquei as migas,
 do Alentejo trago a ambição !
Ao Sado dedico minhas cantigas,
na Baía banho o meu coração...
em Poesia Sentida.


Setúbal, 14/03/2018
Inácio José Marcelino Lagarto

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