quinta-feira, 21 de maio de 2020
TERNURA
Não há vida sem sonho
Nem dor que não seja sentida;
Há sempre um rosto risonho
Que vem alegrar a vida.
Vamos cantar à desgraça
Da malvada pandemia;
O viver perde a graça
Ninguém mais se abraça
E sofre de melancolia!
Nesta bela sociedade
Seguimos viagem à condição;
Olhamos de longe a verdade
E o amor do coração.
Acenamos a arvoredos
E ao mundo de quimeras;
Saímos à rua com medos
Repleta de segredos
Em que brilham primaveras.
Com este vírus original
O futuro está marcado;
Jamais tudo será igual
Até muda o nosso fado.
O sol aquece lá fora
À espera da frescura;
O caminho não foi embora
Aguarda a luz da aurora
Para beijar com ternura.
Setúbal, 21/05/2020
Inácio José Marcelino Lagarto
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