Agosto rompe com cautela,
Traz recolhimento profundo,
As mentes embriagadas
Tornam os rostos diferentes;
Os Saberes, os trabalhos,
Modificam o velho mundo,
Os pensamentos dispersos
Sobre olhares comoventes.
Perde-se no sonho para reflectir,
No tempo a fim de partilhar, sentir!
De março a julho a caminhada
Foi soprada por forte ventania,
A saudade pairou a meditar!...
Na imagem triste e silenciosa
Roubando a ventura, a companhia.
A noite e o dia giram ofuscantes
Apesar do sol e do belo luar
Que vêm alegrar nova certeza,
A viagem conduzida gentilmente;
Iluminam todo o Universo
Entre a luz suave e o despertar,
Emanados pelo céu divino,
Chegam à Terra solidariamente.
Brindam à floresta, à doce vida,
Ao sucesso, à passagem sentida!
Neste imenso e estranho medo
Permanece ingrata jornada,
O povo já regressa à rua!...
Às escuras, de máscara envolvente,
Com a alma magoada, disfarçada.
Setúbal, 02/08/2020
Inácio José Marcelino Lagarto
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