Minha rua! A mais bela!
Com casas caiadas de branco;
Murmura da serra uma estrela
Aos poiais que servem de banco.
Tem calçada, tapete de pedra,
Bordada ao longo dos caminhos:
A erva não cresce, não medra
Porque é colhida pelos vizinhos.
Largo São Luís lindo ginásio
Para exercício e futebol;
O sol, o luar bom magnésio
E o Castelo como farol!
A serra na encosta, nas alturas
Protege o suave partilhar;
O vento lança as venturas
No intervalo para estudar.
As almas criavam emoções
No futuro sempre correndo;
Mais tarde aqueceram corações
Entre sonhos florescendo.
Naquele tempo foi moldado,
Desenvolveu o pensamento;
Deixou o olhar enamorado,
Gravado com sentimento.
Palavras, desejos, claridade
Ao som do sopro dos olivais;
São vozes da saudade
No cantar alegre dos pardais.
Deus que roda o destino,
O labor árduo de boa gente;
Tornou em Saber o menino,
Fortaleceu a terna mente!
Setúbal,13/08/2020
Inácio José Marcelino Lagarto
quinta-feira, 13 de agosto de 2020
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