quinta-feira, 13 de agosto de 2020

RUA DO CASTELO

Minha rua! A mais bela!
Com casas caiadas de branco;
Murmura da serra uma estrela  
Aos poiais que servem de banco.

Tem calçada, tapete de pedra,
Bordada ao longo dos caminhos:
A erva  não cresce, não medra
Porque é colhida pelos vizinhos.

Largo São Luís lindo ginásio
Para exercício e futebol;
O sol, o luar bom magnésio
E o Castelo como farol!

A serra na encosta, nas alturas
Protege o suave partilhar;

O vento lança as venturas
No intervalo para estudar.

As almas criavam emoções
No futuro sempre correndo;
Mais tarde aqueceram corações
Entre sonhos florescendo.

Naquele tempo foi moldado,
Desenvolveu  o pensamento;
Deixou o olhar enamorado,
Gravado  com sentimento.

Palavras, desejos, claridade
Ao som do sopro dos olivais;
São vozes da saudade
No cantar alegre dos pardais.

Deus que roda o destino,
O labor árduo de boa gente;
Tornou em Saber o menino,  
Fortaleceu a terna mente!


Setúbal,13/08/2020
Inácio José Marcelino Lagarto

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