sábado, 8 de agosto de 2020

COM A MÁSCARA TAPO A CARA


Com a máscara tapo a cara
Caminho ao longo do dia;
Escondido uso imagem rara
Defendo-me com cortesia.

De máscara sigo na rua,
No café, supermercado;
De cabeça no ar, olho a lua,
Levo o sonho bem guardado.

Generoso de alma, coração,
Sinto a fiel amizade;
Salvo a nossa condição 
Desta força e maldade.

Somos filhos e irmãos
Atentos à caminhada;
Só não apertamos as mãos
Seguimos firmes na cruzada.

Acreditem tenho pena,
Pena de não os abraçar;
O vírus criou esta cena
Sem ao menos poder-nos tocar.

Mantenham a confiança
Que este cumprir alivia: 
A seguir vem a bonança,
Traz amor cheio de magia.

Setúbal, 08/08/2020
Inácio José Marcelino Lagarto

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