Na paisagem sorrindo em ovação;
Surgem erguidas, no campo, em liberdade
Entre malmequeres e ternas abelhas,
Entre malmequeres e ternas abelhas,
Na primavera alegre, em união
Abençoando o amor e a felicidade.
Nascem na planície e montados
Lavando a visão e os sentidos
Tornando a claridade brilhante.
São elegantes de corpos apaixonados,
Lembram donzelas com belos vestidos
Desafiando a vida ao caminhante.
Vivem no meio de cevadas e trigais
De cor aveludada e viçosa
Iluminando de prazer a Natureza.
Ao vento, as pétalas, suspiram ais,
No hábil dançar tornam-se vistosas,
Desfilam no tempo tamanha pureza.
Semente lançada ao sol ardente,
Flor que encanta a humanidade
Acalma a mente na poesia e estima.
Contrasta com a maravilha contente,
Fortalece a força e a amizade,
Pinta, transforma a lavoura, o clima.
Harmoniza e perfuma o embalar,
Compete com a riqueza da espiga
E torna de esperança a relva luzidia.
Matiza com o fruto a germinar
Na ternura da paixão ou fadiga!...
Ouço o rouxinol em trinada melodia!
Setúbal, 23/04/2021
Inácio José Marcelino Lagarto
Sem comentários:
Enviar um comentário