A primavera tempera o Universo
Neste tempo de esperança
Cujas flores encantam na Natureza.
A vida floresce com a paisagem
No coração feliz e contente;
Ouve-se gente entoando em verso,
Murmurando, pedindo confiança
Aos deuses por nova certeza.
Acena de perto a pandemia
Como fruto proibido
Que bate forte na mente;
Grita o mundo por clemência
Ou sábia vitória da Ciência
Que traga beijos e abraços;
Acenda a luz da harmonia
Dando ao viver sentido
E torne o sonho diferente!
A palavra que brota é suspensa
E balança entre a ironia;
Viaja só pelo deserto,
Esvoaça como a gaivota
Sobre a terra e o mar.
Veste abril de ternas alvoradas
Em que cruzam os olhares;
A angústia volta a cantar,
Os gestos acarinham os pares;
Transformam as estações
Numa graça e saudade;
No povo aquecem valores
Em momento de Liberdade!
No querer solfeja o embaraço,
Ao dia dá novo alento;
Abriga no saber o cansaço
E sopra para bem longe o vento.
Setúbal, 04/04/2021
Inácio José Marcelino Lagarto
Sem comentários:
Enviar um comentário