A Fadista não morreu
Sua voz ao Mundo deu
Está no Céu a cantar
Ao Povo a lágrima cedeu
Mas a alma não perdeu
AMÁLIA de lenços a acenar
Mulher de amor sonhado
Viveu a vida no Fado
Com poemas de encantar
No beco em verso chorado
Ou no cantar desgarrado
Numa bondade sem par
Na tristeza e na amargura
Tal era a verde frescura
De força e sensualidade
Cerrava olhar de ternura
E numa doce loucura
Rezava à saudade
Em criança na ribeira
A correr sempre ligeira
A palavra não secou
Aquela flor vendedeira
Em manhã fria ou soalheira
Belos limões apregoou
No pregão duma varina
Ali traçou tão bela sina
Cantadeira do velho mar
Foi mui Grande a menina
Tornou-se Fadista - Divina
Deixou coração a sangrar
AMÁLIA tu és Canção
Teu viver não foi em vão
Sua voz ao Mundo deu
Está no Céu a cantar
Ao Povo a lágrima cedeu
Mas a alma não perdeu
AMÁLIA de lenços a acenar
Mulher de amor sonhado
Viveu a vida no Fado
Com poemas de encantar
No beco em verso chorado
Ou no cantar desgarrado
Numa bondade sem par
Na tristeza e na amargura
Tal era a verde frescura
De força e sensualidade
Cerrava olhar de ternura
E numa doce loucura
Rezava à saudade
Em criança na ribeira
A correr sempre ligeira
A palavra não secou
Aquela flor vendedeira
Em manhã fria ou soalheira
Belos limões apregoou
No pregão duma varina
Ali traçou tão bela sina
Cantadeira do velho mar
Foi mui Grande a menina
Tornou-se Fadista - Divina
Deixou coração a sangrar
AMÁLIA tu és Canção
Teu viver não foi em vão
Foi longo, com sentimento
-
Quem lhe daria o condão
Estendeu o xaile no chão
Naquele primeiro lamento.
Setúbal, 28/10/2009
Inácio Lagarto
Setúbal, 28/10/2009
Inácio Lagarto
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