sexta-feira, 26 de março de 2010

BARCO ANCORADO


Silêncio na noite... Nas vidas sentidas
Recordo passado, por vezes mesquinho,
Ansiedade por desejo e vinho
Lutas travadas, por forças perdidas.


Eis quando, se liberta o sonho da aragem
E no monte, o amor se esconde;
Caminha no tempo e não sei para onde,
Talvez a beijar... Linda paisagem!


Os pássaros! Searas de louros trigais!
Em que as dores, sentimentos são iguais;
No campo, as flores, teimam em crescer...


Meu viver é como barco ancorado
Que mergulha, num cais abandonado
À espera, do suave adormecer!


Setúbal, 26/03/2010
Inácio Lagarto


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