segunda-feira, 29 de março de 2010

INFÂNCIA



Viajei pelo passado
Para perder a inocência;
Como piegas inveterado
Fiz balançar a consciência.

Em toda a parte vi um amigo
Rompendo nas ruas as brincar;
Saltando, por cima do perigo
Sem telhado
Na luz tardia ao luar.

Vi calçada do dia quente
Naquele sonho que se esvai;
O cigarro inconsequente
Na infância que já lá vai.

Onde pus o meu viver,
O meu canto e o rezar;
Aquela fonte que deu o beber
Acalma a sede, ao meu gritar.

Setúbal, 28/03/2010
Inácio Lagarto

Sem comentários: