Caminho nesta estrada,
pelo sonho, sou sonhador!
Sigo ao som da alvorada
com a mente de prosador.
Vejo a tristeza rolando
com o sol que incendeia;
a saudade vai espreitando
a idade, que nos premeia.
Reparai! Piso o chão...
estou seguindo doce sina.
Ouço o bater do coração,
nesta subida divina.
Caminho...Sorrio à verdade,
falo com a incerteza!
Trago às costas a cidade
que omite tanta pobreza.
As árvores da vida, o Povo!
sem o colo, da terra, ficam nuas.
se não verdejarem de novo,
são raízes perdidas...nas ruas.
Os silêncios atormentam,
martelam na alegria;
as sombras negras fomentam,
querem roubar a luz do dia.
Em ladainhas perfumadas,
a alma...geme e consola!
As vozes do tempo cansadas
fazem do sonho uma bola.
Setúbal, 23/01/2015
Inácio Lagarto
Sem comentários:
Enviar um comentário