segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

TEMPESTADES

                                            (Foto retirada do Google)   
                                                


Fala rebelde a Natureza,
quer que escutem o seu gritar,
naquela fúria misteriosa.
A atmosfera agita-se, em turbilhão!
Os ventos sopram raivosos
e as águas correm a chorar,
sobre pedras soltas no leito...
alagando ruas, longos espaços,
muralhas sólidas do tempo.
Ficando ruínas em solidão.

Com pujança e magia
vão galgando as esperanças,
dos palácios, templos e casotas
pelas chuvas fortes da hora;
com perda da luz do dia
...gente humilde chora.
A noite silencia as confianças,
daquelas paisagens mortas
que imploram protecção.

Tempestades, são sombras negras
pintadas, dum mundo iroso,
que o tempo quer arrebatar...
ao céu azul e piedoso!
Deixando ferida a sangrar.

O mar calmo, adormecido,
não respeita as marés
por cobiça da Humanidade.
Num balançar perdido,
espraiando, de lés a lés,
até a Vida pensar...na Verdade.


Setúbal, 12/01/2015
Inácio Lagarto



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