sábado, 22 de abril de 2017

LANÇANDO CONTAS À VIDA



Sinto o soprar do vento
batendo no puro pensamento...
deixa-me a pele enrugada
em noite de Abril, na alvorada.
O sangue corre na veia,
rico liquido premeia...
a minha calma emoção
fazendo bater fiel coração.
Saudade volta, na hora
cuja mente, o ideal, aflora.

Lançando contas à vida,
à caminhada sentida...
com a forma de um poema!
Salivando terno dilema.
Vem o passado rever
no cumprir, lutar e viver...
olhando o longo caminho
fico a chorar de mansinho.
A esperança não vou perder
neste chão, a florescer.

O amor não surge de graça
é alimentado e se abraça...
entre palavras do imaginário,
tiradas do dicionário.
Num grito de liberdade
acalentam a amizade...
neste balanço do sonhar!
Tirando e pondo ao somar.
Nas contas do nobre saber
resta o muito por aprender.

De cabelos prateados,
verdes campos trabalhados...
neste impagável destino
existe, um Supremo Divino.
Na maravilhosa clemência
fecunda a raça e vivência...
de filhos e netos amados
na partilha de antepassados.
Ilumina, com ardor, o dia
irradiando nova alegria.


Setúbal, 22/04/2017
Inácio José M. Lagarto




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