Homens infelizes no sentir,
com aguilhões, ferem a vontade
neste Tempo de Fé Pascal.
Podem falar, divagar ou sorrir...
Vão esquecendo a desigualdade!
Herança, transviada no mal.
Neste Abril amadurecido
em que se festeja o amor!
Na força e sonho que se criou.
No pensamento é retido...
da espingarda nasceu uma flor
e, na voz do Povo se fecundou.
Cultivada em presença
da luta, vencendo o medo!
A lágrima brotando glória.
Como Roma ditou sentença
delegando, castigo, em segredo;
Pilatos...lavou as mãos, na memória.
Páscoa, renasce das cinzas,
em mistério profundo!
Na luz que não se apaga.
Rompiam cruéis vilezas
contra Cristo - Rei do Mundo.
Morto na Cruz! A Vida afaga.
São recordados sinais nos espaços
da chama acesa na Verdade.
Renascem ideais, eternos laços!
Ao Ser Humano dão abraços,
caminhando na estrada...da Liberdade.
Setúbal, 12/04/2017
Inácio J.M. Lagarto
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