Saudade no peito mora,
nela, a verdadeira esperança,
na vontade e terno brincar!
Jogar à bola, laçar o peão
chegar a casa, cumprir doce hora...
alimentar o sonho de criança.
Estudar à noite, com luz a brilhar,
ilumina a vida e o coração.
A partilha é conduta sagrada,
acarinha a igualdade
num florido e verde jardim!
Clarão dum inocente olhar
ao calor da palavra ousada...
na fraterna e pura amizade.
Jamais, um dia, irá ter fim,
sempre a sorrir e a encantar.
Aquela menina de louras tranças
ou o rapaz, meigo, com caracóis
vivem, calmos segredos, contentes!
Cantando o alecrim dourado,
de mãos dadas com as confianças...
como harmónicos rouxinóis.
Estão alegrando as belas mentes
por paraíso, fértil, sonhado.
Voltam a crescer, viver e a amar,
continuando a serem crianças
com a alma de quem sente!
O amanhã dissolve o homem
sem o ideal poder julgar...
as riquezas e as bonanças.
Pode a tecnologia ser diferente,
as lutas pelos labores não dormem.
Setúbal, 29/05/2017
Inácio José M. Lagarto
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