Como é bom viver, sonhar,
sentir o que vem de nós!
Porquê? Julgar o pensar,
o dizer ou o cantar
se afinal... calam a voz.
Roda o tempo apressado,
fechando a bela vivência!
Ser livre, viver um bocado,
sem medos,sem plano traçado
exercitamos... a consciência.
Acende-se a luz da vontade
iluminando a escuridão!
Aquela sombra sem idade
traz do longe a saudade
não tira força... ao coração.
O corpo procura abrigo,
no peito a carne grita!
Naquele divagar antigo
a mente fala ao umbigo...
de uma caminhada aflita.
Em sonho febril e vibrante
numa corrente misteriosa!
De alma alegre triunfante
pela partilha errante
acalma... a fúria voluptuosa.
Pelas horas já caladas
abraçam a vida com afagos!
Cravos e rosas desfolhadas
entre palavras resignadas
silenciam... segredos magos.
Setúbal, 10/05/2017
Inácio J. M. Lagarto
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