quinta-feira, 5 de outubro de 2017

FEIRA MEDIEVAL - PALMELA



Ressurgem do pó das memórias
lembranças de outros tempos,
das conquistas perante a luz.
Vitórias sobre reis mouros,
lendas gravadas nos sonhos
de castelos e ameias!
Lutas sangrentas...
em que delas fala a história.

Não faltam os cortejos reais,
tendas ornamentadas
na Feira Medieval.
O sol e a lua esvoaçam!
Crepitam almas em segredo
no desfile das caravanas...
mostram viveres desiguais.

Homens com a Cruz de Cristo ao peito
alargaram as fronteiras,
pelejando pela glória.
Rasgaram novos clarões,
iluminaram as trevas
galopando no teatro da vida!
Correram atrás de quimeras
acalmando...o coração desfeito.

O séquito, alegre, brilha
através de camelos, no deserto.
Surgem...a rainha, a princesa,
as aias, todas vestidas de sedas.
O Povo escravizado!
De olhos postos no imaginário,
no silêncio, na clausura...
naquela estranha maravilha.

No Castelo de Palmela, no miradouro,
cobiça de D. Afonso Henriques
pela sua bela localização.
Varanda aberta à Natureza!
Sopro de ar, de ensejo,
no aproximar a distância...
ao sonho duradouro.


Setúbal, 06/10/2017
Inácio José Marcelino Lagarto

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